Um homem de 37 anos foi preso em flagrante na noite de quarta-feira (12) por embriaguez ao volante, porte ilegal de arma de fogo e por colocar vidas em risco durante uma perseguição policial de alto risco no distrito de Anhanduí, em Campo Grande. O episódio ocorreu após o suspeito realizar manobras perigosas em frente a um parque de diversões recém-inaugurado, onde estava acompanhado de amigos e familiares.
De acordo com o boletim de ocorrência, uma equipe da Polícia Militar realizava patrulhamento na região quando avistou o grupo consumindo bebidas alcoólicas ao lado de uma caminhonete VW Amarok branca. Após entrarem no veículo, o motorista arrancou em alta velocidade, realizando um “cavalo de pau” e fugindo pelas ruas do distrito, desrespeitando sinais de trânsito e dirigindo com os faróis apagados.
Durante a perseguição, que incluiu trechos da BR-163, o homem fez ultraagens perigosas, colocando em risco seis ocupantes do veículo, entre eles três crianças de 4, 5 e 10 anos. Diante da gravidade da situação, a PM acionou reforço da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Guarda Civil Metropolitana e outras viaturas de Campo Grande.
Cerco e prisão
O veículo foi interceptado por um cerco montado pela PRF, próximo à base operacional da Capital. O condutor, identificado como Wilson, se recusou a sair do carro e precisou ser imobilizado com algemas. Ele apresentava claros sinais de embriaguez: olhos vermelhos, odor etílico, fala desconexa e comportamento agressivo.
Na abordagem, chegou a ameaçar os policiais, dizendo: “Vocês me pagam, vou pegar cada um de vocês”, e direcionou ofensas ao sargento da equipe: “Isso não vai ficar assim, você tem família.”
Durante a revista no interior do veículo, os agentes encontraram um revólver calibre .38 com seis munições intactas, escondido junto ao banco do motorista. O suspeito afirmou ser CAC (Colecionador, Atirador e Caçador), mas não apresentou nenhum documento comprobatório. Também foram localizadas uma garrafa de cachaça parcialmente consumida e latas de cerveja.
Prisão em flagrante
Um dos ageiros, de 31 anos, confirmou saber da presença da arma e relatou que todos os ocupantes pediam para que o motorista parasse durante a fuga. A esposa do condutor, as três crianças e os demais ageiros foram liberados na base da PRF e entregues aos cuidados da Guarda Civil Metropolitana, que aguardou a chegada dos familiares.
Wilson foi encaminhado à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Cepol). O Termo de Constatação de Alteração da Capacidade Psicomotora foi lavrado e, conforme o Código de Trânsito Brasileiro, a recusa ao teste do bafômetro também foi registrada.
Ele deve responder por embriaguez ao volante, resistência, porte ilegal de arma, ameaça, desobediência e condução perigosa, além de colocar a vida de menores em risco.